Caminho Central
Muge < > Santarém
Etapa 17
No concelho de Almeirim, antes da chegada à ribeira de Santarém, a Igreja de Santa Marta, em Benfica do Ribatejo, inspira uma visita. Foi construída no século XVIII como capela da Quinta de Santa Marta, extensa propriedade agrícola que dominou a região desde o final da Idade Média. O conjunto foi totalmente restaurado em finais do século XX, como atesta inscrição comemorativa colocada na fachada principal.
Porta de Santiago
Era a porta principal do castelo de Santarém, chamada por isso mesmo de “Porta da Alcáçova”, cuja primeira menção data de 1249. A atual designação deriva da invocação da igreja por onde passava a calçada que ligava o esporão do planalto à ribeira. Até ao século XVI também servia de acesso à vila, através de umcaminho dado como irrecuperável em 1797. Nela, pode-se observar um brasão de armas fernandino de Portugal que documenta as obras de reforço das muralhas da vila. Também já não existe memória do Hospital de Jesus Cristo, que se localizava nesta via e permitia o apoio a peregrinos e viajantes que chegavam à cidade. É atualmente atravessada pelos inúmeros peregrinos do Caminho de Santiago.
e também…
Festas da Cidade de Santarém − Março
Festival Nacional de Gastronomia de Santarém − Outubro
Feira Nacional da Agricultura/Feira do Ribatejo
É o maior cartaz turístico do país, sendo considerada, no campo agrícola, uma das mais importantes da Europa. Esta feira, conhecida pelos seus riquíssimos valores etnográficos, patentes no Festival Internacional de Folclore, largada de touros, corrida de campinos, condução de jogos de cabrestos, touradas, provas hípicas, raid hípico, entre outros, decorre durante o mês de junho.
Partindo da Junta de Freguesia, viramos à esquerda para a Rua Almirante Reis, acompanhando o edifício da Casa Cadaval. Temos a ponte romana pela frente mas não a atravessamos , optando antes por continuar para a direita por debaixo do viaduto da estrada nacional N114, até encontrarmos outra ponte por onde transpomos a ribeira de Muge.
Foi ao longo desta ribeira que se descobriram os Concheiros de Muge, sítios arqueológicos com grandes acumulações de conchas, restos de animais e centenas de esqueletos humanos de uma espécie ainda não totalmente identificada, que aqui terão vivido há cerca de 5 mil anos. Estes são os sítios mais famosos e ricos da pré-história portuguesa, onde por exemplo, no Concheiro da Moita do Sebastião, existem vestígios de cabanas circulares de toros e barro, silos no solo onde se conservavam alimentos e sepulturas ritualizadas com ocre e pedras sob as cabeças.
Por caminho de areia fina, primeiro, e por estreita estrada rural depois, avançamos pelo meio das imensas áreas cultivadas ou em pousio que medeiam até Benfica do Ribatejo, em cujas imediações a vinha passa então a ser preponderante, numa região cujos vinhos têm vindo a ser cada vez mais reconhecidos e as principais adegas (a visitar!) assumem já níveis de produção e de qualidade elevados.
Entramos na Rua Direita para o centro da aldeia, antiga terra de pescadores, agora “apenas” campinos, cheios de coragem e vestidos a rigor, de barrete vermelho, quando dançam o fandango ribatejano. Também pela Rua Direita, saímos da aldeia. No cruzamento para Cortiçóis viramos à esquerda e seguimos depois sempre ao longo da Vala de Alpiarça, passando sob o viaduto da autoestrada e virando de novo à esquerda para passarmos pela Quinta do Casal Monteiro. Aproveitamos para almoçar e fazer uma degustação de vinhos da região com um enquadramento apropriado.
Depois de 3,5 km, entramos na aldeia de Tapada. Por asfalto, seguimos e subimos um carreiro para voltarmos a encontrar a N114. Atravessamos agora a Ponte D. Luís sobre o rio Tejo, que em 1881 era a terceira maior ponte da Europa. Na margem oposta, à direita, dirigimo-nos para a ribeira de Santarém, dispensando-nos de subir agora à cidade, que trataremos de visitar depois.Entramos neste antigo porto de comércio fluvial seguindo pela calçada da estrada N365, atravessando a linha ferroviária e terminando a etapa na Junta de Freguesia local, que anseia por nos receber. Para trás deixamos a Igreja de Santa Cruz, linda construção gótica de meados do século XIII, que servia a população local, que entre 1218 e 1260 cresceu muito. Nessa época, a movimentada vila era um estaleiro de construção, de apoio à construção de grandes mosteiros na região.
Dicas
Leve sempre água, mantimentos,protetor solar, chapéu, impermeável, calçado confortável e um mapa.
Apoio
CTT
Banco/ATM
Parque de Campismo de Escaroupim
+351 263 595 484
Entidades Municipais
Câmara Municipal de Santarém,
Divisão de Turismo +351 243 304 258
Saúde
Hospital Distrital de Santarém
+ 351 243 300 200
Farmácia
Pontos de Interesse
Igreja de Alcáçova: Sede religiosa do poder que a Ordem do Templo estabeleceu na cidade após a conquista de 1147, a igreja foi construída ao redor de 1154 e instituída como capela real por D. Afonso Henriques.
Igreja da Misericórdia: A Igreja da Misericórdia é uma construção dos meados do século XVI (1559) e conta com a assinatura do arquitecto da casa real Miguel Arruda.
Igreja de Santa Maria de Marvila: O edifício da Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Marvila é uma reconstrução dos princípios do século XVI, levada a cabo pelo impulso do rei D. Manuel I, sobreposta na estrutura gótica preexistente. As linguagens do manuelino estão bem expressas em toda a igreja, sobretudo no portal da fachada.
Chafariz de Palhais: O chafariz de Palhais, localizado à entrada da Ribeira de Santarém, é uma peça da segunda metade do século XVIII desenvolvida num paredão ornamentado com pares de pilastras adossadas, em envasamentos simples rematados por pilastras de urnas, envolvendo um nicho central com as bicas de água.
Ponte de Alcorce: Construída entre finais do século xiii e a primeira metade do século xiv, a ponte de Alcorce era a principal saída da cidade para norte, rumo a Tomar e a Coimbra, e cruza a Vala de Alcorce ou de Palhais, pequeno afluente do rio Tejo.
Porta de S. Tiago: Era a porta principal do castelo de Santarém, chamada por isso mesmo de “Porta da Alcáçova”, cuja primeira menção data de 1249. A atual designação deriva da invocação da igreja por onde passava a calçada que ligava o esporão do planalto à ribeira.
Torre das Cabaças: A velha Torre do Relógio é um dos elementos arquitectónicos mais conhecido e emblemático de Santarém, tendo sido, em tempos, a Torre do Relógio do Senado da Câmara.
Jardim Miradouro Portas do Sol: Ocupa a primitiva área muralhada de Santarém (cidadela ou Alcáçova), tendo a atual função resultado do projeto de João Fagundo da Silva (1882), concluído em 1936. Hoje varanda panorâmica sobre o Tejo e a extensa Lezíria, é a sala de visitas e um dos espaços mais concorridos da cidade.
Igreja Matriz de Vale Figueira
Museu Diocesano
Fonte da Junqueira
Catedral de Santarém
CONTACTOS ÚTEIS
Emergência: 112
Incêndios Florestais: 117
Bombeiros Voluntários de Santarém:+351 243 377 900
Bombeiros Municipais de Santarém:+351 243 333 122
GNR − Posto Territorial de Santarém:+351 243 300 070
Polícia de Segurança Pública: +351 243 322 022
CÓDIGO DE CONDUTA
Não saia do percurso marcado e sinalizado. Não se aproxime de precipícios. Preste atenção às marcações. Não deite lixo orgânico ou inorgânico durante o percurso, leve um saco para esse efeito. Se vir lixo, recolha-o, ajude-nos a manter os Caminhos limpos. Cuidado com o gado, não incomode os animais. Deixe a Natureza intacta. Não recolha plantas, animais ou rochas. Evite fazer ruído. Respeite a propriedade privada, feche portões e cancelas. Não faça lume e tenha cuidado com os cigarros. Não vandalize a sinalização dos Caminhos.